sábado, 12 de setembro de 2009

PATO BRANCO

Conheci este município quando ainda era pequeno, tanto eu como ele, foi lá pelo ano de 64, portanto a mais de quarenta anos.


Nós morávamos no interior de Palmas e meus avôs na localidade de Saudadinha, hoje município de Galvão SC, a viagem que hoje é feita em poucas horas naquele tempo era uma verdadeira epopéia, tinha que ser bem planejada e necessitava de bastante tempo para colocá-la em prática.

Iríamos fazer uma visita aos avôs, que chamavas-mos de nonos devido à ascendência italiana, meu pai, mamãe e eu com apenas três anos.

Embora com pouca idade na época, lembro alguns detalhes da viagem que começou com os preparativos da mesma, compra de roupas, a obtenção de algum dinheiro para os gastos normais do percurso e inclusive o fabrico de bolachas para serem levadas a fim de prevenir uma possível parada em algum lugar que não tivesse recurso de alimentação, já que não era raro acontecer problemas mecânicos com os poucos veículos que rodavam naqueles tempos.

Até Palmas viemos de carona em um caminhão carregado de madeira serrada em uma serraria que ficava perto de nossa casa, ai tivemos que posar em um dos poucos hotéis existentes na cidade, provavelmente tenha sido a primeira vez que vi uma lâmpada de luz, embora chegasse a ser amarela de tão fraca.

No dia seguinte conseguimos outra carona em um caminhão que fazia vendas nos armazéns da região, linha de ônibus normais não tinha, devido às constantes paradas levamos o dia todo para fazer o percurso que hoje é feito em pouco mais de uma hora.

O normal seria ir até Mariópolis, mas a dificuldade de conseguir condução nesta localidade, fez com que fossemos até Pato Branco, fazendo com isso um trajeto maior que o necessário.

Aqui quero contar da minha curiosidade de conhecer Pato Branco, desde que eu soube que iríamos vê-lo não parei de pedir insistentemente onde estava o pato branco e só fiquei satisfeito quando me mostraram em um pequeno açude vários patos nadando e entre eles um bem grande e totalmente branco e só a partir daí parei de importunar.

De Pato Branco ao destino final nem lembro mais como chegamos, lembro apenas que tivemos que fazer um bom trecho a pé, quando finalmente chegamos à casa dos nonos.

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