quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ainda sobre a virada de ano/Camboriú Sc



































Franguinho na panela




Hoje, durante o almoço, lembrei de minha infância passada no interior, infância que foi vivida com muitas dificuldades, devido à situação financeira precária de meus pais, mas que mesmo assim criaram nove filhos, dos quais sou o mais novo.


O que me ocorreu, comparando ao que temos à mesa hoje, foi o que comíamos naqueles tempos, a pouca variedade, sem falar da pequena quantidade de alimento que tínhamos a disposição. Praticamente vivíamos do que produzíamos no pequeno pedaço de terra que tínhamos, apenas o suficiente para a sobrevivência, nunca havia sobras. O pouco dinheiro que entrava, vinha de serviços ocasionais que meu pai fazia como carpinteiro e ferreiro.

Éramos quase que vegetarianos, embora forçados, comíamos carne bovina em poucas ocasiões, com raras exceções, apenas no fim de ano. Mais comumente tínhamos carne de porco, frita e conservada em latas, imersas na própria banha.

Mas no domingo não podia faltar o franguinho na panela, que comíamos acompanhado de polenta ou de quirera, já que o arroz era apenas para ocasiões especiais, dias com visita.

Franguinho é modo de dizer, pois na verdade sempre era o maior espécime, que retirado do terreiro onde eram criados soltos, ficava alguns dias fechado para limpar, como dizíamos e posteriormente abatido para o almoço domingueiro.

Não estou reclamando daquele tempo, pelo contrário, trocaria com grande satisfação pelos dias de hoje. Embora nossa situação não fosse das melhores, tínhamos mais que muitas outras famílias nossas vizinhas. Alguém que ainda mantém este costume, não se acanhe, me convide um domingo destes.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O planeta e nossos filhos



Vivemos uma época de grandes preocupações com o meio ambiente, com as conseqüências daquilo que o homem provocou ao longo de muito tempo e que agora está cobrando seus tributos. Nossa geração, ainda que mal, viverá. E as próximas?


Não é necessário citar as catástrofes que ocorrem em quase todas as partes do mundo, é de conhecimento geral. Medidas devem ser tomadas para amenizar ou pelo menos retardar os efeitos do mau uso que fizemos do planeta.

Agora, na minha opinião, que pouco peso tem, acho sinceramente que em muitos casos a procura de soluções está em mãos erradas. Começando pelo ministro que apóia o confisco de arrozais produtivos para que a terra seja devolvida aos índios, achando que com isso preservará o meio ambiente. Engano, temos aqui uma reserva indígena que é exemplo de má conservação, está totalmente desmatada e sem aproveitamento nenhum. Se for para que os índios retomem suas terras, façamos as malas e voltemos para a Europa, todos, inclusive você. Ainda sobre o ministro, bonito exemplo deu ao participar ativamente na passeata para a legalização da maconha. Arroz não, maconha sim!

Quase sempre a pessoa que tem sua bela casa na cidade simpatiza com os invasores de terra no meio rural, agora pergunte sua opinião sobre os sem tetos que tomam terrenos e edifícios urbanos? Alguns que se manifestam contra a criação de novas hidrelétricas, não abrem mão de seus aparelhos eletrônicos, de jeito nenhum. Carros poluem o ambiente, mas só o dos outros, o meu não. Há muita hipocrisia andando ao nosso lado.

Aqui no meu município, surgiu um novo conflito de interesses, grandes áreas de terra, os chamados campos de Palmas, que permaneceram por séculos incultos, servindo apenas para criação de gado e de forma rudimentar, começaram a serem aproveitados para o reflorestamento, desviando com isso a atividade de áreas de mata nativa. Durou pouco o empreendimento, o Instituto Ambiental cancelou todas as licenças para o plantio, impondo pesadas multas. E os empregos gerados pela transformação da madeira, principal atividade econômica da cidade?

O bom senso tem que prevalecer, pessoas certas nos cargos certos, com conhecimento geral, não simpatizantes de uma causa.

Uma frase que circulou na internet, ganhou inclusive um concurso pela criatividade, nos leva a refletir, é comum ouvirmos: Que planeta deixaremos para nossos filhos? A frase interpela: Que filhos deixaremos para nosso planeta?

15/05/09

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

No dos outros é refresco



O nosso problema sempre é maior que o dos outros, impressionante, nossa dor de cabeça é muito, muito pior que a perna fraturada do outro. A falta de um tipo de alimento, para nós, é mais necessário do que para alguns que nada tem para comer. Um mês com pouca chuva é uma catástrofe, não lembramos daqueles que passam anos sem ver uma gota sequer. Um pedaço de pão caído no assoalho limpo, já não serve, e aqueles que disputam grãos de arroz jogados na terra?


Somos hipócritas por natureza, primeiro fazemos nossas queixas, depois ouvimos as dos outros. Preocupamo-nos com o vento forte que bate em nossa casa bem estruturada, e os barracos de lona? A chuva forte que escorre por debaixo de nossa porta é muito mais danosa para nós que o metro e meio de água que invadiu a casa do vizinho. Um pequeno problema em nosso carro, como um pneu furado, deixa-nos transtornados. E aqueles que não têm e dificilmente terão um automóvel em toda a sua vida?

O trabalho que realizamos não é agradável, mas existem muitas profissões piores, e pior que isso, muitos não tem trabalho e dariam o pouco que tem para estarem em nosso lugar.

Confesso que ultimamente ando agindo grosseiramente com pessoas que chegam para mim queixando-se de alguma dor. De minha parte cheguei à conclusão que queixas devem ser dirigidas aos médicos, estes podem indicar a o remédio para o caso. Não estou mais admitindo ouvir ais dos outros, depois da quarta cirurgia na coluna que sofri.

Afinal não fujo à regra.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Natureza






















INFANTÍCIDIO



Gostaria de escrever sobre assuntos bons, infelizmente são as más noticias que chamam mais nossas atenções, esta então é chocante, o assassinato de uma criança.


Deixa-nos estarrecidos a forma e o autor do crime. Bebê de apenas oito meses, a menina foi morta com um golpe de faca desferido pelo próprio pai.

O casal estava separado, e devido à pressão para que pagasse pensão à criança, o crime foi cometido.

Houve descaso das autoridades, acontecimento comum quando se trata de pessoas pobres.

Sexta feira o pai foi até a casa onde vivia a mãe com a criança, houve discussão e ele saiu levando a menina. Como era feriado de primeiro de maio, a policia só emitiu o boletim com a denúncia de rapto no sábado e iniciou as buscas apenas na segunda.

Membros do conselho tutelar, avisados, além de não se importarem com o caso, agiram de maneira grosseira com a mãe.

Segunda feira a policia militar dirigiu-se até a casa de parentes do acusado, como estava fechada já faziam meia volta quando alertados por vizinhos adentraram e deram com o procurado que reagiu de maneira violenta, dominado confessou o crime indicando o local onde havia enterrado o pequeno corpo, em um matagal fora da cidade. Alegou que cometeu o ato para não ter que pagar a pensão devida. Levado para a delegacia foi imediatamente transferido para outra cidade no intuito de ser preservada sua integridade física.

É a nossa lei, proteger os criminosos, verdadeiros monstros como é o caso do autor deste acontecimento.



Falando nisso; e os Nardoni?

06/05/09

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Câmeras de segurança



Já está se tornando comum o uso de câmeras em cidades brasileiras. Em Curitiba elas estão espalhadas por vários pontos e a população aprova, foi notada visível diminuição da violência, principalmente no setor histórico da cidade.


Bancos, seguradoras, mercados, prédios comerciais e residenciais, mesmo casas particulares tem o uso disseminado.

Esta semana criou-se grande polêmica quando o prefeito de Foz do Iguaçu, cidade particularmente violenta, introduziu o funcionamento de câmeras em órgãos municipais, em especial nos postos de saúde da cidade.

O prefeito garante, com pesquisas feitas junto à população, que houve sensível melhora no atendimento. O que causou estranheza é que várias entidades protestaram e até entraram com ações junto ao ministério público, para que as câmeras sejam desligadas. As mais indignadas com o fato foram as pessoas ligadas ao conselho regional de saúde. Não é estranho, temem o que?

Os valores estão sendo invertidos no mundo de hoje, apenas as pessoas de “bem’ reclamaram, nenhum malfeitor se manifestou.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Acampamento problemático















Combinamos que ficaríamos uma semana acampados, eu, minha mulher e os dois filhos, pequenos na época. Tínhamos acertado com antecedência todos os detalhes para termos alguns dias tranqüilos e em contato com a natureza.


Eu tinha comprado uma pequena área de terra às margens do reservatório de uma usina hidrelétrica, sem nenhuma benfeitoria, ficaríamos instalados em uma barraca. Com todos os itens necessários anotados, tivemos vários dias para reuni-los e no dia combinado colocamos tudo no carro que com uma carretinha atrelada, comportou tudo o que tínhamos juntado.

E lá fomos nós para o sonhado acampamento, tão esperado, principalmente pelas crianças. Chegamos ao local cheios de entusiasmo, montamos a barraca, o dia estava lindo e a paisagem parecia de cinema, tudo perfeito.

Quando chegou a noite começaram os problemas, uma sucessão deles; primeiro a válvula de um dos botijões de gás travou, quando estava sendo ligado o fogareiro, vazando tudo e deixando um cheiro horrível. Altas horas da noite, minha mulher acordou gritando que havia cobras, assustando as crianças, era apenas um pesadelo. Na segunda noite caiu uma chuvarada que nos obrigou a dormir no carro.

Ainda assim continuávamos animados, até que no terceiro dia aconteceu o pior, eu estava limpando alguns peixes que tínhamos pescado, utilizando uma tesoura para abri-los, quando resvalei e cai, cravando a tesoura na coxa. Foi um Deus nos acuda por causa da quantidade de sangue que saia do ferimento.

Foi o fim do acampamento, eu parado tentando estancar o sangue enquanto a mulher e as crianças desmontavam tudo, para em seguida dirigir-nos a cidade, distante setenta quilômetros de onde estávamos e o caminho teria que ser feito por estradas de chão em péssimas condições de trafegabilidade.

O doutor que me atendeu disse que tive muita sorte, a região atingida é rica em vasos sanguíneos e poderia ter sucumbido pela grande quantidade de sangue perdido.

Eu fiz alguns outros acampamentos, minha mulher e as crianças nunca mais me acompanharam.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

E o Lugo, heim?









O Sr. Presidente do Paraguai, quem diria, está se mostrando um defensor ferrenho do não uso de métodos para o controle de natalidade. Bispo licenciado, certamente de vê ter jurado permanecer celibatário, já que a igreja exige este ato, revelou-se um tremendo hipócrita ao eleger-se com discursos cheios de moralidade.


Enganou o povo paraguaio, como já fizera com mulheres anteriormente. Pai de um filho, assumido por ele, de dois que estão sendo investigados e mais alguns outros na fila, cujo número pode chegar a dezesseis, segundo boatos. Como religioso, não fazia distinção de classes, das três mulheres que já admitiram o relacionamento; uma, menor na época, sem profissão, uma vendedora ambulante e a outra professora.

Pode-se confiar em um homem com este caráter, ou melhor, que não possui caráter? Vocês deixariam suas filhas fazerem um estágio no Palácio de López?

Por outro lado, estas mulheres, que se calaram por muito tempo, estavam sendo coagidas de alguma forma? Ou esperaram seu crescimento político para tirarem proveito da situação?





23/04/09

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Chuva bendita








Apesar de algumas regiões do Brasil estarem sofrendo com inundações, nos aqui do sul estávamos tendo uma seca preocupante, lugares que nunca haviam tido este problema, estavam recebendo água trazida por caminhões.


Houve grande aumento de problemas respiratórios na população, devido à seca somada com o início da estação fria.

Felizmente chegou uma boa chuva, suficiente para encher os pequenos reservatórios das propriedades rurais, agricultores e pecuaristas agradecem. Nos também agradecemos, afinal uma boa safra significa maior quantidade de alimentos e de melhor qualidade, sem falar da melhora dos preços para nos consumidores.

Alívio para todos aqui do sul que não viam uma gota de chuva há muito tempo.

22/04/09

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Dia da caça


Serviço Militar




Hoje me lembrei de alguns acontecimentos que ocorreram quando da minha passagem pelo Exército Brasileiro, cumprindo o serviço obrigatório, confesso que sinto simpatia pelas forças armadas, pela sua disciplina, e aos que dizem ser um ano perdido na juventude, afirmo que, pelo contrário, é bem proveitoso e ajuda na formação para a vida.


Prestei o serviço no ano de 1980, e só não segui carreira devido a alguns problemas físicos que tive na época. O início foi difícil, cumprimos a quarentena ao pé da letra, quarenta dias sem por o pé para fora do quartel, com o corte rente do cabelo, no mês mais quente do ano, o pescoço e as orelhas viraram feridas na maioria dos recrutas, não havia creme que resolvesse.

Nas formaturas, com o sol a pino, eram comuns os desmaios e o mal estar. Não havia alimento que chegasse, embora de má qualidade, para nós era um manjar e não víamos a hora da ordem de “avançar o rancho”.

Servi na cavalaria, que hoje conserva apenas alguns quartéis por questão de tradição, já que o uso de cavalos está obsoleto. Houve um caso hilário alguns anos antes do meu engajamento, um soldado fora pego praticando zoofilia com uma égua do plantel.

Para punir o infrator e servir de exemplo para os novatos, foi realizado, com todo o cerimonial inerente ao caso, o casamento entre os dois envolvidos, ficando o custo da alimentação da noiva, a cargo do provocador do incidente, até a data de sua baixa.

Foi uma fase marcante e trás boas recordações, alem das amizades que permanecem desde aqueles tempos.