No início do séc. XX, os índios existentes aqui em Palmas não tinham morada fixa, em pequenos grupos vagavam de lá para cá, vivendo da caça, pesca e coleta de frutos, principalmente o pinhão, além de saques que faziam de vez em quando nas fazendas.
No ano de 1915, na tentativa de agrupá-los, foi formada uma pequena aldeia, chamada de toldo, sendo chefiada por um homem branco chamado Serrano.
Mesmo agrupados e com o esforço despendido para aculturá-los, continuavam com seus instintos selvagens e agressivos.
Os fazendeiros da região apoiavam o projeto, a fim de mantê-los sob vigilância e com isso evitar o roubo e matança e roubo de gado a que estavam sujeitos, pois para os índios, naquele tempo, não havia o senso de propriedade, tomavam o que lhes fosse conveniente.
Dois importantes fazendeiros resolveram, certo dia, fazerem uma visita ao aldeamento, para conhecerem o local e, inclusive, oferecer ajuda para a manutenção do mesmo. Na chegada, por fatalidade o chefe branco não se encontrava, foram recebidos a flechadas e, caindo dos cavalos, acabaram mortos com golpes de paus, sendo em seguida jogados dentro de uma das choupanas, a qual atearam fogo deixando-os carbonizados.
O fato ficou conhecido somente no dia seguinte, quando familiares e vizinhos dirigiram-se ao local, já suspeitando do que poderia ter acontecido, mesmo assim ficaram assustados com a brutalidade. Um dos mortos era irmão de um importante cidadão palmense, duas vezes prefeito e deputado estadual.
Com o acontecido os índios abandonaram o lugar e só muitos anos depois a tentativa de reuni-los foi conseguida.
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